Mês: Março 2023
CEO da TAP já respondeu às Finanças sobre demissão. Contesta relatório da IGF

29 de Março
Resposta da ainda presidente executiva da TAP à Direção-Geral do Tesouro e Finanças contesta relatório da IGF, por não ter existido audiência prévia presencial.
A presidente executiva da TAP já respondeu ao ofício da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) com o projeto de demissão. Enviou um documento extenso e detalhado, onde contesta não ter sido ouvida previamente pela Inspeção-Geral de Finanças. Governo poderá agora avançar com deliberação final em assembleia geral.
A decisão de demitir a CEO da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, e o chairman, Manuel Beja, foi anunciada pelo Governo no dia 6 de março, durante a apresentação do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre o contrato celebrado entre a TAP e Alexandra Reis para a desvinculação da administradora.
Aquela entidade considerou o acordo “nulo”, por o Estatuto do Gestor Público não prever “a figura formalmente utilizada de ‘renúncia por acordo’ e a renúncia ao cargo contemplada naquele Estatuto não conferir direito a indemnização”, concluindo “que a compensação auferida pela cessação de funções enquanto administradora carece de fundamento legal”.
Os gestores disponham de dez dias úteis para responderem à notificação da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) com o projeto de demissão, prazo que terminou esta terça-feira. A presidente executiva da TAP já remeteu a sua resposta.
Ao que o ECO apurou junto de fonte conhecedora do processo, a ainda CEO enviou um documento extenso e bem documentado, onde detalha o que se passou e qual o envolvimento dos vários intervenientes no processo de desvinculação de Alexandra Reis. Contesta ainda o facto de não ter sido ouvida presencialmente pela IGF na elaboração do relatório.
A autoridade de auditoria do Ministério das Finanças sustentou no início do mês que “houve um conjunto de outras personalidades/entidades que não foram ouvidas presencialmente, tendo sido obtidos esclarecimentos por escrito”. Em resposta à Lusa, disse também estar “totalmente tranquila” sobre o trabalho realizado. O inspetor-geral de Finanças, António Ferreira dos Santos, é ouvido esta quarta-feira na comissão parlamentar de inquérito à TAP.
O ofício da DGTF sustenta a demissão na “violação grave, por ação ou por omissão, da lei ou dos estatutos da empresa”, conforme prevê o artigo 25.º do Estatuto do Gestor Público. O Governo considera que por existir “justa causa” para a demissão dos gestores, estes não terão direito a receber uma indemnização. A presidente executiva da companhia aérea contratou apoio legal para contestar esta posição, como avançou o ECO.
O ministro das Infraestruturas admitiu, no entanto, que Christine Ourmières-Widener terá direito a receber o prémio previsto no contrato acordado com a Parpública, a ser pago em 2026. “Se os objetivos forem cumpridos e se o plano de reestruturação for um sucesso, a CEO tem o direito ao bónus”, disse João Galamba no Parlamento.
Recebida a resposta da CEO, as Finanças podem agora avançar com a assembleia geral que irá deliberar formalmente a demissão. O ministro das Infraestruturas, João Galamba, apontou esta tarde o início do mês de abril para a saída da presidente executiva da TAP.
“Essas questões têm prazos legais e procedimentos legais que têm de ser cumpridos. Terminou ontem [terça-feira] o prazo de pronuncia da ainda CEO [presidente executiva] da TAP e, como já foi dito, findo este processo, entrará o novo CEO, que deverá ser no início de abril, primeira semana de abril”, especificou em declarações à agência Lusa, à margem de uma visita ao Terminal XXI, no Porto de Sines. Luís Rodrigues, o ainda presidente da SATA, será o novo líder da TAP.
A gestora francesa, que tomou posse em junho de 2021, deixa a companhia com um lucro anual de 65,5 milhões de euros, o primeiro resultado positivo desde 2017. As receitas de 2022 ascenderam a 3,5 mil milhões, um montante recorde, tal como o resultado operacional, que saltou para uns inéditos 268,2 milhões.
O presidente do conselho de administração da transportada aérea também já terá remetido a sua resposta ao ofício da DGTF. O ECO tentou confirmar essa informação junto de Manuel Beja, até ao momento sem sucesso.
Greve de tripulantes da easyJet já levou ao cancelamento de 30% dos voos

29 de Março
Os tripulantes de cabine da low-cost vão parar durante os dias 01, 02 e 03 de abril depois de chumbarem a proposta para o novo acordo de empresa.
A greve dos tripulantes de cabine da easyJet, agendada para os dias entre 01 e 03 de abril, já levou ao cancelamento de 30% dos voos previstos para essas datas, garante o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
"A demonstração esmagadora e quase unânime na assembleia já está a colher os seus frutos, tendo a empresa, até à data, cancelado cerca de 30% dos seus voos planeados para os dias de greve", refere o sindicato em comunicado.
Os associados do SNPVAC chumbaram, no passado dia 09 de março, em Assembleia Geral Extraordinária, a proposta para o novo acordo de empresa (AE) apresentado pela companhia de baixo-custo, aprovando a paralisação greve que arranca no próximo sábado."
Os trabalhadores, que exigem melhores condições salariais e relembram o aumento dos custos aliado à escalada da inflação, apontam ainda as dificuldades vividas pelos tripulantes na base sazonal algarvia da companhia, que reabriu no passado domingo, prevendo operar 21 rotas até outubro e que deverá resultar na criação de 130 contratos diretos, conforme avançou a transportadora low-cost.
"Não podemos deixar de realçar que existem trabalhadores a auferir salários entre os 390 euros e os 900 euros num mês de trabalho a tempo inteiro, obrigados a viver numa das regiões geográficas mais caras do país, onde só preço médio da habitação ultrapassa a remuneração de muitos destes trabalhadores", acusa o SNPVAC que, adianta, "estão em Faro neste momento tripulantes suficientes para operar quatro aviões quando apenas dois desses aviões estarão a operar até junho, o que ainda reduz mais a componente variável do salário destes trabalhadores".
Os tripulantes da base de Faro da easyJet tinham já denunciado ao Dinheiro Vivo os baixos salários e chegaram mesmo a ponderar avançar com uma greve no passado verão, que entretanto não chegou a avançar.
"Os tripulantes de Faro fizeram-nos chegar recibos de vencimento, referentes aos meses de maio, junho e julho, na ordem dos 600 e 700 euros. Ou seja, no pico do verão são estes os valores auferidos, nos meses em que deveriam conseguir uma retribuição mais elevada", lamenta o sindicato na mesma nota.
O SNPVAC aponta ainda o dedo à companhia pelo facto de esta ter informado que irá recorrer aos serviços mínimos nos voos durante a paralisação. "A Direção do SNPVAC contestou de imediato [a decisão] na expectativa de que os nossos governantes saibam defender o direito à greve, algo consagrado na nossa Constituição", conclui.
Ao DInheiro Vivo, a easyJet disse recentemente estar "empenhada em trabalhar de forma construtiva com os representantes" dos trabalhadores para "abordar as suas preocupações com o objetivo de assinar um acordo sustentável".
TAP COM LUCRO DE 65,6 MILHÕES DE EUROS EM 2022

21 De Março
A TAP anunciou, hoje, que encerrou o ano 2022 com um lucro líquido de 65,6 milhões de euros, um aumento de 1 664,7 milhões de euros em relação ao ano anterior.
O EBIT, incluindo itens não recorrentes de 19,4 milhões de EUR, também foi positivo, com 268,2 milhões de EUR.
Em 2022, a TAP transportou um total de 13,8 milhões de passageiros, um aumento de 136,1% em relação ao ano anterior e atingindo 81% dos níveis de 2019.
Em 2022, as receitas atingiram 3 485 milhões de euros, 151% acima do ano fiscal de 2021, juntamente com um nível de atividade mais elevado (ASK aumentou 94,2%).
O número de voos operados também aumentou significativamente em 74,9% o ano passado, atingindo 79% dos níveis pré-crise.
A capacidade atingiu 87% dos níveis pré-crise, aumentando 94,2% em comparação com o ano anterior.
O Load Factor melhorou 17 pontos percentuais em relação ao ano anterior, atingindo 80%, apenas 0,1 pontos percentuais abaixo do nível de 2019.
O PRASK em 2022 foi de 6,68 cêntimos de euros, uma melhoria de 48,2% em comparação com o ano anterior e de 20,5% em comparação com 2019.
Os custos operacionais recorrentes também aumentaram em 73,4% para 3 236,2 milhões de euros, resultando num EBIT recorrente positivo de 248,8 milhões de euros, um aumento de 726,7 milhões de euros, ou 4,7 vezes o montante no ano fiscal de 2019.
A TAP sublinha que o custo do combustível mais do que triplicou, aumentando em 756,2 milhões de EUR numa base anual para 1 096,7 milhões de EUR. Apesar de levar a um efeito positivo de EUR 85,5 milhões, o hedging só reduziu marginalmente o efeito do aumento dos preços do combustível, que só por si contribuiu com EUR 458,4 milhões para o aumento dos custos com combustível.
No acumulado do ano, o CASK dos custos operacionais recorrentes diminuiu 10,7% em comparação com o ano anterior, baixando para 7,04 cêntimos de EUR. Excluindo o combustível, a redução foi de 27,8%, levando os custos unitários sem combustível a 4,66 cêntimos de EUR, apenas 0,5% abaixo do nível de 4,68 cêntimos de EUR de 2019.
Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP, considera, face a estes resultados, que “durante o quarto trimestre de 2022 a TAP foi capaz de gerar as receitas trimestrais mais elevadas da sua história e uma rentabilidade recorde, apesar dos contínuos desafios operacionais. Durante o primeiro ano completo do Plano de Reestruturação, a TAP gerou um lucro operacional que é um recorde histórico para a empresa. A TAP gerou também um lucro líquido positivo muito forte, tendo em conta o seu nível de alavancagem”.
Principais indicadores operacionais:

Frota a 31 de dezembro de 2022:

Demostração de resultados consolidada:

Tripulantes portugueses da easyJet vão fazer greve no fim de semana antes da Páscoa

17 de Março
O protesto é agendado pelo Sindicato Nacional do Pessoal da Aviação Civil (SNPVAC) e em causa estão os aumentos salariais para os tripulantes portugueses da companhia 'low cost' britânica.
O protesto é agendado pelo Sindicato Nacional do Pessoal da Aviação Civil (SNPVAC) e em causa estão os aumentos salariais para os tripulantes portugueses da companhia low cost britânica. Os trabalhadores nacionais reclamam uma subida acima dos 10% tal como foi decidido para os tripulantes da easyJet noutros países.
“Tendo em consideração o atual momento das negociações, o impasse vivido e a postura intransigente e incompreensível por parte da easyJet, foi hoje enviado ofício à empresa, ao Ministério das Infraestruturas, Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ministério da Economia e do Mar e DGERT, comunicando um pré-aviso de greve” para os três dias.
Tripulantes de cabine da easyJet em greve entre 1 e 3 de abril

17 de Março
Pré-aviso de greve é para o fim de semana que antecede a Páscoa. Tripulantes lutam por condições mais próximas dos colegas de outras operações europeias
Os tripulantes de cabine da easyJet em Portugal anunciaram uma greve para 01, 02 e 03 de abril, depois de um impasse nas negociações com a empresa, anunciou esta sexta-feira o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
Na nota, a estrutura sindical recordou que, desde a última assembleia, em 09 de março, ficou mandatada pelos associados desta companhia aérea “para continuar o processo negocial e para recorrer a qualquer meio de luta que fosse considerado pertinente, incluindo o último recurso: o direito à greve”.
“Tendo em consideração o atual momento das negociações, o impasse vivido e a postura intransigente e incompreensível por parte da easyJet, foi hoje enviado ofício à empresa, ao Ministério das Infraestruturas, Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ministério da Economia e do Mar e DGERT, comunicando um pré-aviso de greve para os dias 01, 02 e 03 de abril de 2023”, indicou o SNPVAC.
A estrutura sindical referiu ainda que “também foi realizada uma ronda parlamentar, de maneira a expor aos partidos políticos a situação atual dos tripulantes da easyJet”.
“Temos consciência do que este pré-aviso representa”, realçaram, indicando que esperam “que a empresa também tenha noção de todas as suas implicações”.
No pré-aviso de greve, o SNPVAC indicou que, nesses três dias, a greve “abrange todos os voos realizados pela easyJet, bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”, cujas horas “de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 do dia 01 de abril e fim às 24:00 do dia 03 de abril de 2023”.
Por outro lado, o sindicato entende que “o conceito de necessidades impreteríveis apenas se confina às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, por razões de coesão nacional e isolamento das populações para quem é essencial este meio de transporte”.
No entanto, “porque tais destinos são assegurados por outras companhias aéreas (TAP, SATA, Ryanair, Transavia) e atenta a natureza e as demais rotas realizadas pela easyJet, consideramos que não existem serviços mínimos a assegurar”, rematou.
Na sua fundamentação para avançar com a iniciativa, no dia 09 de março, o SNPVAC recordou a recuperação do setor nos últimos anos, depois da pandemia, lembrando que em Portugal, os tripulantes da easyJet "sempre tiveram uma postura séria de compreensão para as necessidades operacionais da empresa ao longo dos anos", tendo votado "unanimemente quando a empresa pediu um auxílio, aceitando congelar as suas condições de trabalho por três anos".
No entanto, indicou o SNPVAC, "durante a pandemia a easyJet decidiu apoiar com 'top ups' bem superiores aos de Portugal a alguns países como a Alemanha e UK [Reino Unido], que por sua vez já tinham apoios bem maiores do Estado".
O sindicato apontou ainda que, "aquando da retoma da operação, a easyJet decidiu por si ajudar" os "colegas espanhóis com uma garantia mínima, quando os tripulantes em Portugal passaram dificuldades financeiras" e que "as bases e as rotas portuguesas estão entre as mais rentáveis na rede".
"Devido à conjuntura económica, os trabalhadores da easyJet têm perdido poder de compra ao longo dos últimos três anos", salientaram, destacando que "o aumento do custo de vida asfixia os trabalhadores e põe em causa o bem-estar e conforto das suas famílias".
"Nos últimos dois anos, os tripulantes de cabine tiveram de lidar com experiências que ninguém previa, encontrando-se na linha da frente mesmo em períodos críticos", disse ainda o SNPVAC, garantindo que "noutros países e bases onde a empresa não apresenta o mesmo nível de rentabilidade apresentado em Portugal, os colegas obtiveram aumentos significativos" e que "nesses países foram negociados acordos durante o verão, de maneira a proteger a estabilidade de horário dos trabalhadores".
No comunicado, o SNPVAC defendeu que os tripulantes de cabine da easyJet "não podem continuar a permitir que a empresa adote uma postura de indiferença, quanto aos problemas da classe há muito identificados", garantindo que se "gerou um clima de tensão e desagrado pelo longo impasse na resolução dos diversos diferendos laborais".
Para o sindicato, "não é tolerável o impasse a que se chegou nas negociações do AE/CLA em curso, as quais se podem prolongar indefinidamente no tempo", assegurando que os profissionais em Portugal "desejam ver a sua lealdade e produtividade mostradas para com a empresa reconhecidas".
Contactada pela Lusa nessa altura, fonte oficial da easyJet disse que a transportadora "leva muito a sério as suas responsabilidades como empregador e emprega toda a sua tripulação ao abrigo de contratos locais, acordados com os sindicatos e em conformidade com a legislação local relevante, pelo que não é possível comparar os termos e condições entre diferentes jurisdições".
A empresa disse ainda que graças aos "recentes investimentos no mercado", contratou "um número significativo de colaboradores nos últimos meses" e continua "a receber um elevado número de candidaturas para funções de tripulantes de cabine em Portugal, o que é uma prova das condições competitivas" que oferece, garantiu.
"Estamos empenhados em trabalhar de forma construtiva com os representantes dos nossos funcionários para abordar as suas preocupações com o objetivo de assinar um acordo sustentável", rematou.
Governo Português Apela À “Paz Social” No Seio Dos Trabalhadores Da TAP

16 de Março
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, mostrou “preocupação quanto ao plano de reestruturação em curso” na TAP, e apelou à “paz social”, revelou nesta quinta-feira, dia 16 de março, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC).
Em comunicado distribuído em Lisboa, o SINTAC afirma que foi convocado para uma reunião com o governante, esta semana, em conjunto com outras organizações representativas dos trabalhadores da transportadora, tendo sido informado de que “a destituição da atual CEO [presidente executiva, Christine Ourmières-Widener] ainda em funções, segue os procedimentos legais para a efetivação da sua saída” e que “por outro lado a desvinculação do novo CEO da SATA [Luís Rodrigues] já estará a decorrer, pelo que, a previsão de entrada em funções não ocorrerá antes do mês de abril 2023”.
Além disso, destacou o sindicato, o ministro “mostrou a sua preocupação quanto ao plano de restruturação em curso”, apontando o processo de negociação dos acordos de empresa e apelando a “que vise a desejada paz social, pois sem este fator resolvido torna-se difícil atingir os objetivos”.
Quanto a este tema, o SINTAC informou Galamba que “no que toca à negociação dos acordos de empresa” já “fez chegar a sua proposta em conjunto com a plataforma de sindicatos criada que representa parte significativa do universo de trabalhadores”.
Por fim, “ultrapassado o pressuposto da paz social” o ministro disse, segundo a organização sindical, “que uma das grandes exigências na privatização da TAP” é garantir “que o hub de Lisboa fique assegurado pelos interesses estratégicos que a TAP representa”.
No dia 9 de março, o ministro das Infraestruturas disse que o Governo quer que a ainda presidente executiva da TAP cesse funções “o mais rapidamente possível”, mas não está ainda decidido quem fica ao comando até à chegada do novo CEO, em abril.
“Essa matéria ainda não foi decidida, [quem fica na liderança até à chegada do novo presidente executivo], mas a ideia é que a CEO da TAP deixe de desempenhar funções o mais rapidamente possível”, afirmou João Galamba aos jornalistas.
Na sequência do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre o processo de rescisão da TAP com Alexandra Reis, que apontou falhas graves, o Governo decidiu demitir o presidente do Conselho de Administração da companhia aérea, Manuel Beja, e a presidente executiva, Christine Ourmières-Widener.
TAP já está a “adotar” medidas para reaver indemnização paga a Alexandra Reis

A companhia aérea revelou que já está a “adotar diligências necessárias” para a devolução da indemnização de Alexandra Reis. E esclarece que a CEO e o chairman continuam em funções "nos termos da lei".
9 de Março de 2023
A TAP garante que já está a trabalhar para agilizar a devolução da indemnização paga a Alexandra Reis. Em comunicado à CMVM, a companhia aérea esclareceu ainda que a CEO e o chairman continuam em funções.
Face às conclusões do relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF), que considerou o "acordo celebrado com a Senhora Eng.ª Alexandra Reis nulo na parte referente ao pagamento de uma compensação pela cessação antecipada das funções de administração, a TAP encontra-se já a adotar diligências necessárias no sentido da devolução do montante indevidamente pago, sem prejuízo da eventualidade de virem a ser dadas pelo acionista, nos termos legais, instruções concretas sobre esta matéria, que serão integralmente cumpridas pela TAP", esclarece a empresa.
No mesmo documento, a TAP confirma que foi "formalmente notificada" do relatório que concluiu que Alexandra Reis tem de devolver 450 mil euros, do total de 500 mil euros que recebeu.
No que toca à decisão de exonerar por justa causa a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e o chairman, Manuel Beja, garante que "não dispõe de informação sobre os concretos procedimentos que estarão a ser adotados nem sobre os concretos prazos previstos para a sua adoção pelo acionista" Estado.
"Apesar da aludida intenção do acionista da TAP, o presidente do conselho de administração e a presidente do conselho executivo, na medida em que, tanto quanto a TAP tem conhecimento, não foi ainda adotada qualquer deliberação pelo acionista, continuam em funções, nos termos da lei, cumprindo as responsabilidades inerentes aos respetivos cargos".
A companhia aérea garante ainda que não tem qualquer informação adicional referente "a eventuais outras alterações pretendidas pelo acionista na composição do seu órgão de administração, que presentemente se encontra a cumprir um mandato correspondente ao quadriénio 2021/2024".
A TAP garante que já está a trabalhar para agilizar a devolução da indemnização paga a Alexandra Reis. Em comunicado à CMVM, a companhia aérea esclareceu ainda que a CEO e o chairman continuam em funções.
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Face às conclusões do relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF), que considerou o "acordo celebrado com a Senhora Eng.ª Alexandra Reis nulo na parte referente ao pagamento de uma compensação pela cessação antecipada das funções de administração, a TAP encontra-se já a adotar diligências necessárias no sentido da devolução do montante indevidamente pago, sem prejuízo da eventualidade de virem a ser dadas pelo acionista, nos termos legais, instruções concretas sobre esta matéria, que serão integralmente cumpridas pela TAP", esclarece a empresa.LEIA TAMBÉMCEO da TAP já prepara batalha jurídica
No mesmo documento, a TAP confirma que foi "formalmente notificada" do relatório que concluiu que Alexandra Reis tem de devolver 450 mil euros, do total de 500 mil euros que recebeu.
LEIA TAMBÉMTAP: IGF diz estar "totalmente tranquila" com auditoria face a acusações de ex-CEO
No que toca à decisão de exonerar por justa causa a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e o chairman, Manuel Beja, garante que "não dispõe de informação sobre os concretos procedimentos que estarão a ser adotados nem sobre os concretos prazos previstos para a sua adoção pelo acionista" Estado.
"Apesar da aludida intenção do acionista da TAP, o presidente do conselho de administração e a presidente do conselho executivo, na medida em que, tanto quanto a TAP tem conhecimento, não foi ainda adotada qualquer deliberação pelo acionista, continuam em funções, nos termos da lei, cumprindo as responsabilidades inerentes aos respetivos cargos". LEIA TAMBÉMMedina já deu ordem para saída da CEO da TAP
A companhia aérea garante ainda que não tem qualquer informação adicional referente "a eventuais outras alterações pretendidas pelo acionista na composição do seu órgão de administração, que presentemente se encontra a cumprir um mandato correspondente ao quadriénio 2021/2024".
LEIA TAMBÉMCEO da TAP já contratou advogada para contestar demissão por "justa causa"
A reação da TAP surge depois de o Ministério das Finanças ter esclarecido ontem ao final do dia que já tinha dado ordem para promover a saída da CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, e do chairman, Manuel Beja.
Em resposta ao Negócios, o gabinete de Fernando Medina adiantou que "o ministro das Finanças já determinou à DGTF (Direção-Geral do Tesouro e Finanças) que prepare e promova o procedimento de demissão do presidente do Conselho de Administração e da presidente da Comissão Executiva por justa causa, cumprindo o previsto na lei". Ou seja, antes de ser publicado o despacho, tem de ser garantida a audiência prévia dos visados e apresentar a fundamentação do procedimento.
TAP informa CMVM que Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja mantêm-se em funções

9 de Março de 2023
CEO da TAP e presidente do Conselho de Administração mantêm-se em funções na companhia aérea, destacou a TAP em comunicado à CMVM. Companhia aérea diz que não dispõe de procedimentos para concretizar a destituição dos gestores deliberada pelo Governo.
Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP e Manuel Beja, presidente do Conselho de Administração, mantêm-se em funções na TAP, sendo que a companhia aérea garantiu esta quinta-feira à CMVM que “não dispõe de informação sobre os concretos procedimentos” para a destituição destes gestores.
Refere a companhia aérea que a TAP foi “formalmente notificada” do relatório da IGF por parte do ministro das Finanças e que irá “iniciar de imediato os procedimentos tendentes à destituição por justa causa” de Christine Ourmières-Widener e de Manuel Beja “de todas as funções de administração exercidades em sociedades do universo TAP”.
No entanto, a TAP recorda que “relativamente à intenção de destituição por justa causa” e da respetiva substituição destes administradores, “não dispõe de informação sobre os concretos procedimentos que estarão a ser adotados nem sobre os concretos prazos previstos para a sua adoção pelo acionista”.
Não tendo sido adotada “qualquer deliberação pelo acionista”, estes administradores “continuam em funções” e a “cumprir as responsabilidades inerentes aos respetivos cargos”.
Explica a companhia aérea em comunicado que “não dispõe de qualquer informação adicional referente a eventuais outras alterações pretendidas pelo acionista na composição do seu órgão de administração” que está a cumprir mandato previsto até 2024.
Relativamente à indemnização atribuída a Alexandra Reis, considerada nula por parte da IGF, a TAP informa que está “a adotar diligências necessárias no sentido da devolução do montante indevidamente pago” mas de qualquer forma, a companhia aérea não descura a necessidade do Governo dar “instruções concretas sobre esta matéria”.
TERESA MAFALDA GONÇALVES, ADMINISTRADORA FINANCEIRA DA SATA, É A NOVA CEO DA COMPANHIA

8deMarço de 2023
Teresa Mafalda Gonçalves, administradora financeira da SATA desde 2020, é a nova presidente do Grupo, depois da saída de Luís Rodrigues para a TAP.
“Foquei-me na solução. Defini, imediatamente, um perfil de continuidade neste processo [de privatização da SATA Internacional – Azores Airlines]. Convidei, e foi aceite, Teresa Mafalda Gonçalves para assumir a presidência da SATA”, afirmou José Manuel Bolieiro.
Bolieiro disse ter sido “confrontado”, na segunda-feira, com a decisão do governo da República de chamar o atual presidente da SATA para chefiar a TAP, através de “um telefonema do primeiro-ministro”, tendo reagido dizendo “que isso gerava um problema”, mas manifestando também “satisfação pelo percurso realizado” nos Açores.
“Após o contacto do primeiro-ministro, recebi também o contacto de Luís Rodrigues, dizendo que tinha havido o convite [para ser presidente da TAP] e que tinha colocado condições de ficar [na SATA], no mínimo, até ao fim deste mês”, descreveu.
Teresa Mafalda Gonçalves foi nomeada membro do Conselho Executivo e Chief Financial Officer do Grupo SATA em janeiro de 2020, é pós-graduada em Finanças pela Nova School of Business and Economics, pós- graduada em Concorrência e Regulação pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e licenciada pela Católica Lisbon School of Business and Economics.
A 07 de fevereiro, foi anunciada a saída de Mário Chaves da administração da SATA Chaves para suceder a Válter Fernandes no cargo de diretor-geral da Portugália, a partir de março.
Com a saída dos dois elementos, o conselho de administração da SATA Holding ficou constituído por Teresa Mafalda Gonçalves (diretora financeira do grupo) e Bernardo Ponte e João Crispim Ponte (administradores não executivos).
Em junho, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo ‘remédios’ como uma reorganização da estrutura empresarial.
A injeção financeira implica o desinvestimento de uma participação de controlo (51%) na Azores Airlines, o desdobramento da atividade de assistência em terra e uma reorganização da estrutura empresarial da SATA, com a criação de uma ‘holding’ que substitui a SATA Air Açores no controlo das suas operações subsidiárias.
A Azores Airlines opera de e para fora do arquipélago, enquanto a SATA Air Açores efetua ligações interilhas.
VOO DA LUFTHANSA ATRAVESSA ZONA DE TURBULÊNCIA E PROVOCA FERIMENTOS EM 7 PESSOAS

2 de Março de 2023
O voo da Lufthansa número LH469 entre Austin, Texas, para Frankfurt, na Alemanha, operado esta quarta-feira 1 de março com o A330-300 D-AIKK, teve de solicitar uma aterragem de emergência no Aeroporto Internacional Washington Dulles, depois que 7 passageiros ficaram feridos após a passagem da aeronave por uma área de turbulência severa.
A aeronave aterrou em segurança pelas 21h10 (hora local) tendo sido ativados os meios de emergência.
A aeronave atravessou uma zona turbulência quando voava aos 37.000 pés enquanto sobrevoava o Tennessee:

ara já não são conhecidos os ferimentos dos passageiros e qual o seu estado.