Mês: Maio 2023
TAP INAUGUROU VOOS ENTRE O PORTO E LUANDA

29 de Maio
A TAP Air Portugal inaugurou este domingo, dia 28 de maio, a sua nova rota entre o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto e o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda.
A nova rota é operada duas vezes por semana, às quartas-feiras e domingos. Os voos partem do Aeroporto Francisco Sá Carneiro às 13h30, com chegada a Luanda às 21h35 (hora local).
No sentido inverso, os voos descolam Aeroporto 4 de Fevereiro às 23h20 (hora local), chegando ao Porto às 07h45 (hora local) do dia seguinte.
Os voos da TAP entre o Porto e Luanda são operados pelos aviões Airbus A330-900neo, com capacidade para um total de 298 passageiros, sendo 264 em Classe Económica e 34 em Executiva.
O primeiro voo foi operado pelo Airbus A330neo CS-TUP.
PASSAGEIRO ABRE PORTA DE AVIÃO MINUTO ANTES DE ATERRAR (COM VÍDEO)

26 de Maio
Um passageiro a bordo do voo OZ8124 da Asiana Airlines abriu uma porta de saída de emergência pouco antes de aterrar em Daegu, uma cidade da Coreia do Sul.
A aeronave conseguiu aterrar em segurança e o passageiro foi levado pelas autoridades policiais.
De acordo com as informações alguns passageiros foram assistidos pelas equipas médicas, apesar de não tenham sido relatados ferimentos graves.
O voo 8124 descolou de Jeju, maior ilha da Coreia do Sul, pelas 11:58 (hora local) para um voo de 42 minutos para Daegu. Segundo a BBC, a 250 metros (820 pés) e aproximadamente 1 minuto antes da aterragem, às 12h37, horário local, um passageiro abriu a porta de saída (Porta L3).
Para além da abertura e uma vez que a porta encontrava-se “Armada” o slide também foi aberto.
Coloca-se agora uma questão, não é impossível abrir uma porta durante o voo?
Durante 99% do voo, é absolutamente impossível abrir a porta de uma aeronave. À medida que a pressão aumenta dentro da aeronave, literalmente toneladas de pressão pressionam a porta para mantê-la presa no lugar. No entanto, conforme a aeronave desce para aterrar, a pressão dentro da aeronave começa a se equalizar com a pressão fora da aeronave.
Falta agora que sejam dadas respostas se a esta altitude a porta pode ser “aberta” ou se existiu alguma falha.
Sindicato fala em 100% de adesão à greve na easyJet, mas companhia aponta para 70%

O sindicato dos tripulantes de cabine afirma que a greve na easyJet teve 100% de adesão hoje de manhã, primeiro dia de paralisação, mas a empresa informou que cerca de 30% dos trabalhadores escalados apresentaram-se ao serviço.
26 de Maio
Em declarações à agência Lusa, Ana Dias, da direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse que, à semelhança do que aconteceu na greve de 01 a 03 de abril, a adesão é de 100%, porque os únicos voos que estão a ser realizados correspondem a serviços mínimos, excetuando a ligação Lisboa-Porto às 19:30, que será assegurada pelas chefias.
Já fonte oficial da companhia aérea disse à Lusa que cerca de 30% dos tripulantes escalados para trabalhar hoje compareceram ao serviço nos respetivos aeroportos, ou seja, que a adesão à greve é de cerca de 70%.
Dezenas de tripulantes de cabine da easyJet estão hoje concentrados junto ao terminal 1 do aeroporto de Lisboa para pedir melhores condições de trabalho, no primeiro de cinco dias de greve, que levaram a empresa a cancelar previamente 385 voos.
Em declarações aos jornalistas, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, insistiu no facto de a empresa ter vindo ao longo dos anos a aproximar-se das exigências dos trabalhadores noutros países, mas não em Portugal.
Acrescentou ainda que a empresa quer passar uma imagem de que não há caos no aeroporto, desvalorizando a greve e preferindo cancelar voos, e lembrou que a paralisação teve já o seu impacto porque apenas se estão a realizar serviços mínimos.
A greve dos tripulantes de cabine da easyJet teve início hoje e repete-se nos dias 28 e 30 de maio e 01 e 03 de junho.
A paralisação abrange “todos os voos realizados pela easyJet”, bem como os “demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”, cujas “horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 e fim às 24:00 de cada um dos dias” mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.
Quando a paralisação foi marcada, a easyJet disse ter ficado “extremamente desapontada” com a convocação da greve, considerando a proposta do sindicato de aumentos entre os 63% e os 103% “impraticável”, e anunciou que ia fazer alterações nos voos antes da greve, para mitigar o impacto nos clientes.
Num comunicado no dia 19 de maio, o SNPVAC garantiu que “a easyJet decidiu previamente proceder ao cancelamento massivo de voos: dos 458 voos originais a saírem das bases portuguesas de Lisboa, Porto e Faro, a companhia já cancelou previamente 384 voos, ou seja, 84% dos voos planeados”.
Tripulantes da easyJet dão início a greve de cinco dias em maio e junho

26 de Maio ( Lusa )
Os tripulantes de cabine da easyJet dão início, esta sexta-feira, a uma greve prevista para os dias 26, 28 e 30 de maio e 1 e 3 de junho, acusando a transportadora de “precarização e discriminação" face aos outros países.
Num comunicado do dia 11 de maio, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse que a easyJet continua a considerar os tripulantes das bases portuguesas trabalhadores menores" perpetuando a sua "precarização e discriminação relativamente aos colegas de outros países".
De acordo com o sindicato, "o clima de tensão e desagrado e o longo impasse na resolução dos diversos diferendos laborais, levaram o SNPVAC a apresentar um novo pré-aviso de greve", tendo sido "enviado ofício à empresa, ao Ministério das Infraestruturas, Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ministério da Economia e do Mar e DGERT, comunicando um pré-aviso de greve para os dias 26, 28 e 30 de maio e 1 e 3 de junho de 2023".
A paralisação abrangerá "todos os voos realizados pela easyJet" bem como os "demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos", cujas "horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 e fim às 24:00 de cada um dos dias" mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.
"As propostas de alteração às prestações pecuniárias já anteriormente apresentadas pela empresa continuam senão piores, muito aquém do limiar do aceitável para garantir trabalho digno aos tripulantes de cabine", indicou a estrutura, acrescentando que "a easyJet continua 'surda' às dificuldades económicas sentidas pelos seus tripulantes, devido aos baixos rendimentos, em face ao reconhecido aumento do custo de vida, o que asfixia os trabalhadores e põe em causa o bem-estar e conforto das suas famílias".
O sindicato voltou a realçar que "noutros países e bases onde a empresa apresenta nível de rentabilidade inferior ao verificado em Portugal, os colegas obtiveram aumentos significativos", referindo que "o clima de tensão e desagrado pelo longo e intolerável impasse na resolução dos diversos diferendos laborais se agravou, levando a concluir que a easyJet tem como objetivo final prolongar indefinidamente no tempo a postura adotada".
O sindicato considera que, tendo em conta a existência de alternativas, nomeadamente nos voos para os Açores e Madeira, "não existem serviços mínimos a assegurar".
No mesmo dia, a easyJet disse ter ficado "extremamente desapontada" com a convocação da greve, garantindo que a "proposta atual do sindicato é impraticável".
"A proposta atual do sindicato é impraticável, especialmente tendo em conta que o que pagamos aos nossos trabalhadores está acima da média salarial nacional", garantiu, num comunicado.
"Vamos fazer todos os possíveis para mitigar o impacto que possa ter nos nossos clientes, incluindo fazer alterações nos voos antes da greve", assegurou a empresa, destacando que "os clientes cujos voos sejam afetados vão ser diretamente contactados via SMS ou 'email', através dos dados fornecidos no momento da reserva".
A transportadora disse ainda que todos os clientes cujos voos sejam cancelados "são elegíveis para um reembolso ou mudança gratuita para um novo voo", recomendando que confirmem o estado dos seus voos.
Num comunicado no dia 19 de maio, o SNPVAC garantiu que "a easyJet decidiu previamente proceder ao cancelamento massivo de voos: dos 458 voos originais a saírem das bases portuguesas de Lisboa, Porto e Faro, a companhia já cancelou previamente 384 voos, ou seja, 84% dos voos planeados".
A companhia, por sua vez, garantiu que a remuneração dos seus trabalhadores "é competitiva e está significativamente acima da média salarial nacional".
"O SNPVAC defende uma proposta impraticável, pedindo aumentos entre os 63% e os 103%, o que demonstra falta de conhecimento da realidade", assegurou
TAP INAUGUROU VOOS PARA PALMA DE MAIORCA

A TAP Air Portugal inaugurou, este sábado, uma nova rota de verão, que liga Lisboa a Palma de Maiorca com quatro voos por semana, que aumentam até às seis frequências semanais a partir de 12 de junho.
A nova rota da TAP é sazonal, operando durante o “verão IATA” e oferece uma ligação por dia, exceto à sexta-feira, entre a capital portuguesa e a capital das ilhas Baleares.
Os voos partem de Lisboa às 08:00 às segundas, quintas e domingos, às 08:25 às terças, às 08:05 às quartas e às 09:30 aos sábados, aterrando em Palma de Maiorca às 10:55 às segundas, quintas e domingos, às 11:20 às terças, às 11:00 às quartas e às 12:25 aos sábados.
No sentido inverso, a partida da capital das Baleares é às 11:45 às segundas, quartas, quintas e domingos, às 12:20 às terças e às 13:25 aos sábados, com chegada ao aeroporto Humberto Delgado às 12:45 às segundas, quartas, quintas e domingos, às 13:20 às terças e às 14:25 aos sábados.
A rota será operada por aeronaves Airbus e Embraer.
EMIRATES DISPONIBILIZA WI-FI GRATUITO A BORDO A TODOS OS PASSAGEIROS

24 de Maio
A Emirates anunciou que melhorou recentemente a conectividade a bordo, permitindo a todos os passageiros da companhia, em todas as classes de viagem, um acesso gratuito ao Wi-Fi a bordo, assim que se inscrevem no Emirates Skywards. Esta melhoria resultou na ligação, por semana, de mais 30.000 passageiros da Classe Económica ao Wi-Fi a bordo.
A Emirates tem estado constantemente na vanguarda do desenvolvimento de Wi-Fi a bordo e, até à data, investiu mais de 300 milhões de dólares na conectividade a bordo.
Todos os membros do Emirates Skywards em todas as classes de viagem podem agora desfrutar de Wi-Fi gratuito. Os membros Skywards, quer sejam do nível Azul, Prata, Ouro ou Platina, que viajem em qualquer classe, quer seja Económica, Premium Economy, Executiva ou Primeira Classe, poderão usufruir de mensagens gratuitas através de aplicações móveis. Além disso, os passageiros da Primeira Classe terão acesso gratuito e ilimitado à Internet se forem membros Skywards, o que lhes permitirá fazer compras ou trabalhar online durante o voo, tal como os membros Silver, Gold e Platinum do Skywards que viajam em Classe Executiva. Os membros Platinum Skywards têm acesso gratuito à Internet em todas as classes.
O aumento da conectividade gratuita foi muito bem recebido pelos passageiros da Emirates após as alterações em Janeiro de 2023, e a companhia aérea regista hoje uma média de 450.000 utilizadores por mês. Isto representa um aumento de 30% na utilização por parte dos passageiros em 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. Atualmente, quase 10% dos passageiros estão a utilizar o Wi-Fi gratuito a bordo. Nas rotas da América, quase 20% dos passageiros utilizam o Wi-Fi a bordo e, nas rotas europeias e africanas, a utilização é superior a 11%.
Patrick Brannelly, Vice Presidente da Divisão de Retalho, IFE e Conectividade afirmou: “A Emirates tem trabalhado com os nossos fornecedores de serviços para otimizar e melhorar a experiência de Wi-Fi a bordo. Em Março, fornecemos cerca de 55% mais dados por sessão de cliente em comparação com o início de 2022, apesar do número de sessões ter aumentado 68% no mesmo período. Continuaremos a trabalhar para investir em atualizações e melhorias, sendo que os nossos aviões A350 chegarão com a próxima geração de conectividade por satélite já equipada.”
A Emirates anunciou também que irá oferecer uma nova banda larga de alta velocidade a bordo, fornecida pela GX Aviation da Inmarsat, a 50 novos Airbus A350 – cuja entrada ao serviço está prevista para 2024. O novo acordo vai melhorar significativamente a experiência dos passageiros, com uma conectividade reforçada e uma maior cobertura global, mesmo em voos sobre o Ártico. Os aviões A350 serão os primeiros da Emirates a tirar partido da rede de satélites Global Xpress (GX) da Inmarsat, que alimenta a primeira e única rede de banda larga disponível a nível mundial, garantindo que os passageiros usufruem de uma conectividade global ininterrupta, independentemente do seu destino, incluindo o Pólo Norte. As capacidades avançadas de alta velocidade da banda larga permitirão aos passageiros da Emirates manterem-se ligados à família e aos amigos, navegar na Internet e desfrutar das redes sociais, tudo a partir do conforto do seu lugar. A Emirates também confirmou um investimento de mais de 350 milhões de dólares para equipar uma frota de 50 aviões A350 que chegará em 2024, com uma melhor conectividade para os passageiros através do sistema AVANT Up da Thales e do Optiq – o primeiro ecrã inteligente da indústria a oferecer duas ligações Bluetooth, Wi-Fi integrado para que os passageiros possam emparelhar vários dispositivos, incluindo telefones, tablets, auscultadores ou até comandos de jogos, suportando até 60 watts USB-C para carregar rapidamente dispositivos pessoais.
Para acederem ao Wi-Fi gratuito, os passageiros precisam apenas de se inscrever no Emirates Skywards – um processo fácil e sem custos adicionais. Os interessados podem inscrever-se em emirates.com, flydubai.com, através da aplicação oficial da Emirates ou da aplicação flydubai e diretamente no portal Wi-Fi a bordo.
Wamos Air fará voos da TAP para o Nordeste do Brasil durante temporada de verão europeu

A companhia aérea espanhola Wamos Air foi contratada pela TAP Air Portugal para realizar os voos da companhia entre Lisboa e as cidades do Nordeste do Brasil na temporada de verão europeu.
Com a chegada da temporada de férias do verão Europeu e o aumento da demanda, a TAP contratou os aviões da Wamos para fazer os voos entre a capital portuguesa e as cidades de Salvador e Recife no Brasil.
Tal operação será necessária para suprir a falta de equipamentos e de pessoal técnico e de cabine da companhia portuguesa para atender os 80 voos semanais para o Brasil durante o verão europeu. O aluguel foi feito em regime ACMI, que inclui aeronave, tripulação, manutenção e seguros.
Para Recife todos os voos diários da TAP serão feitos com os aviões da espanhola Wamos durante o mês de junho. No caso de Salvador, os seis voos semanais da TAP entre Lisboa e a capital baiana serão feitos com a Wamos de julho a setembro.
Os voos serão feitos com aeronaves Airbus A330-300 com capacidade para 284 passageiros, sendo 30 em classe executiva com a configuração 2-2-2 e 254 em cabine econômica na configuração 2-4-2.
Ao final da operação a TAP deverá reassumir os voos com os aviões próprios Airbus A330-200 e A330-900neo. Seguramente, para os clientes da TAP que viajam em executiva, é uma perda na qualidade do equipamento oferecido, pois seus aviões têm configuração 1-2-1 oferecendo assim maior privacidade aos passageiros.
TAP com prejuízo de 57 milhões de euros nos primeiros três meses do ano

10 de Maio
As receitas da companhia aérea portuguesa subiram para mais de 835 milhões até março, mas ainda assim o trimestre culminou num prejuízo de 57,4 milhões – uma evolução positiva face a 2022 e 2019. Custos operacionais aumentaram em 300 milhões de euros face ao período homólogo.
A TAP teve prejuízos de 57,4 milhões nos primeiros três meses do ano, conforme informação comunicada pela empresa esta quarta-feira à noite à Comissão dos Mercados e Valores Mobiliários (CMVM).
O valor é menor do que o registado no mesmo período de 2022 e 2019, anos em que se registaram prejuízos de 121,6 milhões e 106,6 milhões, respetivamente.
Apesar de um “aumento significativo das receitas” para os 835,9 milhões de euros, assentes numa melhoria da utilização da capacidade da frota e um aumento do número de passageiros, o resultado líquido da empresa ficou no ‘vermelho’. Ainda assim, o comunicado oficial avalia o resultado como sendo “um sólido desempenho financeiro, apesar do aumento dos custos operacionais recorrentes”.
A transportadora assinala que foram superados os níveis do primeiro trimestre de 2019, ano de referência para o sector da aviação civil.
O EBITDA recorrente ficou, nos primeiros três meses do ano, nos 120,1 milhões de euros, com o EBIT recorrente a “melhorar substancialmente” face ao primeiro trimestre do ano passado, além de 2019.
Os prejuízos de quase 60 milhões no primeiro trimestre, diz a TAP, assinalam ainda assim uma melhoria face ao mesmo período de 2022 e 2019, sendo de destacar “uma posição de liquidez sólida de 855,8 milhões de euros, devido ao forte desempenho operacional”, refere a nota enviada esta tarde.
Nas palavras do recém-empossado presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, o primeiro trimestre deste ano “mostrou uma continuidade do crescimento da procura, fazendo com que a TAP transportasse, pela primeira vez num trimestre pós-crise, mais passageiros do que em 2019”.
“A TAP apresentou neste trimestre um forte desempenho operacional e financeiro, apesar do aumento dos custos e dos desafios operacionais”, sublinha o anterior líder da SATA, que veio substituir cumulativamente a ex-CEO e ex-chairman da TAP, Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, exonerados pelo Governo a 6 de março.
Recorde-se que a gestora demitida não apresentou os últimos resultados trimestrais e anuais da TAP, em que a empresa registou lucros de 65,6 milhões de euros.
O atual CEO diz que importa enfrentar os desafios “às portas do verão” e que esse “é o caminho no qual temos de nos concentrar, caminho esse que não se pode realizar sem o esforço e dedicação de todos os nossos colaboradores”.
Número de passageiros transportados aumentou 66,9%
As contas aos primeiros três meses do ano mostram que o número de passageiros transportados aumentou em 66,9% face ao mesmo período de 2022, e que superou até o primeiro trimestre de 2019. Quanto aos voos, a empresa diz ter operado 34,2% mais voos nestes últimos três meses do que no período homólogo.
As receitas operacionais aumentaram mais de 70% (345,2 milhões de euros) face ao ano anterior, atingindo os 835,9 milhões.
O maior contributo para este aumento veio do segmento de manuntenção, que é responsável pelo encaixe de 34,4 milhões de euros, fechando o primeiro tremestre com receitas superiores a 43 milhões. Já o segmento de carga está em quebra – mais concretamente de 24,6% – tendo diminuído as receitas em quase 16 milhões.
No que diz respeito aos custos operacionais recorrentes, a empresa contabiliza 846,1 milhões de euros, um aumento de mais de 300 milhões (57,5%) face ao período homólogo.
Este número, refere a transportadora portuguesa, reflete “um maior nível de atividade, verificado pelo aumento dos custos com combustíveis” e pelo “aumento dos custos operacionais de tráfego”, na ordem dos 144,8 milhões e 54,2 milhões de euros, respetivamente.
“O balanço apresenta uma forte posição de caixa e equivalentes de caixa de 855,8 milhões de euros a 31 de março de 2023, apesar da diminuição de 60,3 milhões de euros, quando comparado com 31 de dezembro de 2022, mantendo os níveis consistentes de liquidez”, refere a empresa na comunicação aos mercados.
A dívida financeira líquida da TAP aumentou 12,1% entre dezembro e o final de março, passando para 787,1 milhões.
A nível operacional, a companhia aérea que é agora alvo de uma comissão parlamentar de inquérito destaca a reabertura de dois destinos no final deste trimestre: Nápoles (Itália) e Porto Santos, ambos sazonais para a época de verão.
Durante o último trimestre, a TAP operou um total de 95 aeronaves, uma delas exclusiva de carga. A 31 de março de 2022, quase 70% (67%) da frota de médio e longo curso consistia em aeronaves Neo.
Seguro Sanches vai abandonar presidência da comissão de inquérito à TAP

10 de Maio
Jorge Seguro Sanches já tinha questionado na terça-feira se teria condições para continuar a presidir à comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP. Em causa estavam críticas sobre a forma como tem conduzido os trabalhos.
Jorge Seguro Sanches vai abandonar o cargo de presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão da TAP, avança a SIC Notícias.
O deputado socialista já tinha ontem indicado que ia equacionar a sua continuidade na presidência da CPI após algumas críticas de que foi alvo.
"A confiança é um elemento essencial na condução do interesse público. A comissão de inquérito tem que ter condições para desempenhar a sua tarefa de forma rigorosa, indo ao fundo das questões, tem que gerar confiança e não passar o tempo a discutir procedimentos, grelhas, ou forma de acesso a documentos e tudo isso já fizemos", referiu Seguro Sanches. Nesse sentido, "o papel do presidente da comissão de inquérito tem de lhe permitir gerar confiança", reforçou.
"A forma como foi questionado, de uma forma até deselegante, o meu papel no cumprimento do mandato da comissão, leva-me a questionar se continuo a ter as melhores condições para o fazer e entendo que essa reflexão que urge fazer", referiu Jorge Seguro Sanches, levantando-se e abandonando a sala para surpresa de todos. Foi substituído de imediato pelo vice-presidente da CPI, Paulo Rios de Oliveira, do PSD, que ficou a conduzir os trabalhos.
A questão colocou-se por causa da discussão em torno das grelhas dos tempos para as audições. Face ao alargado número de depoentes, a CPI tinha aprovado uma grelha com tempos mais reduzidos que utilizou para ouvir os mais de 10 sindicatos que representam os trabalhadores da TAP, por exemplo.
Porém, como alguns deputados criticaram, esta grelha não deveria ser utilizada para todos as personalidades que fossem ouvidas, como aconteceu na semana passada com Miguel Frasquilho, antigo presidente do conselho de administração da TAP.
Parpública vai contratar avaliação para reprivatizar TAP. Governo quer “solução que garanta sustentabilidade de longo prazo”

10 de Maio
Governo defende que a TAP pode "assumir um papel de liderança na transição energética na aviação" e quer manutenção da "importância estratégica" da empresa para o país nos transportes.
A Parpública vai contratar serviços de avaliação independentes para o processo da reprivatização da TAP, tendo recebido autorização do Governo para tal numa resolução do Conselho de Ministros publicada esta quarta-feira em Diário da República. Executivo quer uma “solução que garanta a sua sustentabilidade de longo prazo”, bem como assegurar o “hub nacional” e privilegiar a “característica de ‘companhia de bandeira'”.
O Governo recorda os últimos acontecimentos na história da TAP, nomeadamente o impacto da Covid-19 e as ajudas estatais que daí advieram, bem como a aprovação do plano de reestruturação pela Comissão Europeia, no texto que antecede a resolução. Salienta também que agora “o setor da aviação se encontra em fase de recuperação da sua atividade”, sendo que a “TAP tem registado uma melhoria significativa do seu desempenho económico-financeiro”.
Assim, “na sequência deste processo de viabilização da companhia aérea, concretizada pelo Estado português, e sem prejuízo do cumprimento do plano de reestruturação aprovado, mostra-se necessário procurar uma solução que garanta a sua sustentabilidade de longo prazo, assegurando-se a manutenção da sua importância estratégica para o país na área dos transportes, em particular do chamado «hub nacional», e privilegiando a sua característica de «companhia de bandeira», através da decisão de privatização da empresa”, defende o Governo.
Além disso, o Executivo, nesta resolução assinada por António Costa e Mariana Vieira da Silva, sublinha que, “tendo em conta o quadro legislativo europeu de valorização de energias renováveis, bem como o potencial de Portugal para a produção e distribuição de combustíveis sustentáveis para a aviação, a TAP pode assumir um papel de liderança na transição energética na aviação, estabelecendo parcerias com a indústria e com os gestores aeroportuários nacionais para impulsionar o setor”.
Justificada a decisão de reprivatizar, o Governo aponta que a operação tem de ser “antecedida de uma avaliação do bem a reprivatizar, a ser efetuada pelo menos por duas entidades independentes”. Chama assim a Parpública para “prestar apoio técnico ao Governo neste âmbito, com vista à aprovação, em 2023, do decreto-lei que proceda à aprovação do processo de reprivatização”.
A Parpública vai então selecionar e contratar serviços de avaliação independente, bem como definir o âmbito da consultoria necessária.
O ministro das Infraestruturas já confirmou que “há interessados” na entrada no capital da companhia aérea. Grupo IAG, Air France-KLM e Lufthansa são os mais apontados, mas a operação estará também a despertar o interesse de fundos de investimento. “A TAP é uma grande companhia. Já era uma grande companhia pela sua dimensão puramente aeronáutica. No contexto da transição enérgica significa um potencial de valorização acrescida”, reforçou, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros onde esta resolução foi aprovada.