
10 de Maio
Governo defende que a TAP pode "assumir um papel de liderança na transição energética na aviação" e quer manutenção da "importância estratégica" da empresa para o país nos transportes.
A Parpública vai contratar serviços de avaliação independentes para o processo da reprivatização da TAP, tendo recebido autorização do Governo para tal numa resolução do Conselho de Ministros publicada esta quarta-feira em Diário da República. Executivo quer uma “solução que garanta a sua sustentabilidade de longo prazo”, bem como assegurar o “hub nacional” e privilegiar a “característica de ‘companhia de bandeira'”.
O Governo recorda os últimos acontecimentos na história da TAP, nomeadamente o impacto da Covid-19 e as ajudas estatais que daí advieram, bem como a aprovação do plano de reestruturação pela Comissão Europeia, no texto que antecede a resolução. Salienta também que agora “o setor da aviação se encontra em fase de recuperação da sua atividade”, sendo que a “TAP tem registado uma melhoria significativa do seu desempenho económico-financeiro”.
Assim, “na sequência deste processo de viabilização da companhia aérea, concretizada pelo Estado português, e sem prejuízo do cumprimento do plano de reestruturação aprovado, mostra-se necessário procurar uma solução que garanta a sua sustentabilidade de longo prazo, assegurando-se a manutenção da sua importância estratégica para o país na área dos transportes, em particular do chamado «hub nacional», e privilegiando a sua característica de «companhia de bandeira», através da decisão de privatização da empresa”, defende o Governo.
Além disso, o Executivo, nesta resolução assinada por António Costa e Mariana Vieira da Silva, sublinha que, “tendo em conta o quadro legislativo europeu de valorização de energias renováveis, bem como o potencial de Portugal para a produção e distribuição de combustíveis sustentáveis para a aviação, a TAP pode assumir um papel de liderança na transição energética na aviação, estabelecendo parcerias com a indústria e com os gestores aeroportuários nacionais para impulsionar o setor”.
Justificada a decisão de reprivatizar, o Governo aponta que a operação tem de ser “antecedida de uma avaliação do bem a reprivatizar, a ser efetuada pelo menos por duas entidades independentes”. Chama assim a Parpública para “prestar apoio técnico ao Governo neste âmbito, com vista à aprovação, em 2023, do decreto-lei que proceda à aprovação do processo de reprivatização”.
A Parpública vai então selecionar e contratar serviços de avaliação independente, bem como definir o âmbito da consultoria necessária.
O ministro das Infraestruturas já confirmou que “há interessados” na entrada no capital da companhia aérea. Grupo IAG, Air France-KLM e Lufthansa são os mais apontados, mas a operação estará também a despertar o interesse de fundos de investimento. “A TAP é uma grande companhia. Já era uma grande companhia pela sua dimensão puramente aeronáutica. No contexto da transição enérgica significa um potencial de valorização acrescida”, reforçou, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros onde esta resolução foi aprovada.
A SNPVAC pode utilizar cookies para memorizar os seus dados de início de sessão, recolher estatísticas para otimizar a funcionalidade do site e para realizar ações de marketing com base nos seus interesses.
Cookies Necessários Permitem personalizar as ofertas comerciais que lhe são apresentadas, direcionando-as para os seus interesses. Podem ser cookies próprios ou de terceiros. Alertamos que, mesmo não aceitando estes cookies, irá receber ofertas comerciais, mas sem corresponderem às suas preferências.
Cookies Funcionais Oferecem uma experiência mais personalizada e completa, permitem guardar preferências, mostrar-lhe conteúdos relevantes para o seu gosto e enviar-lhe os alertas que tenha solicitado.
Cookies Publicitários Permitem-lhe estar em contacto com a sua rede social, partilhar conteúdos, enviar e divulgar comentários.