Categoria: Notícias PWA
TAP VAI ADICIONAR 11 FREQUÊNCIAS SEMANAIS PARA O BRASIL EM 2024

A TAP anunciou hoje a sua nova operação para o verão de 2024, com destaque para um crescimento de onze frequências semanais no Brasil, elevando o total de partidas de Portugal para 91 semanais.
Recife ganha mais três frequências semanais a partir de Lisboa, passando de sete para dez, e o Rio cresce de dez para doze. São Paulo, Belém, Brasília, Natal, Maceió, Porto Alegre e Salvador também terão mais um voo semanal de e para Portugal.
Com 91 voos semanais no pico do verão, ligando diretamente 11 das principais capitais do Brasil a Lisboa e ao Porto, a TAP reforça a sua presença no mercado, com uma oferta superior de produtos para o cliente entre o Brasil e a Europa.
A Companhia aérea portuguesa vai também aumentar a sua operação em Maputo, Moçambique, para quatro voos semanais, em vez dos atuais três.
Na América do Norte, Toronto, no Canadá, aumentará para 13 voos semanais, e São Francisco, na Califórnia, também aumentará para seis voos semanais no pico do verão, contra cinco semanais em 2023.
Na Europa, a Itália será o foco do crescimento europeu da TAP
Roma ganha mais um voo diário, o que eleva a oferta para cinco operações diárias de e para a capital italiana, totalizando 35 frequências semanais.
Florença, a capital do Renascimento, também passará de oito para dez frequências semanais.
A TAP sublinha que este desenvolvimento está planeado sem recurso a contratação externa de aeronaves e é possível após uma primeira revisão da rede e reajustes em algumas frequências atuais.
Com estes acréscimos para o pico do verão de 2024, a TAP prossegue o seu caminho para uma recuperação sustentável a longo prazo, concentrando-se no desenvolvimento das suas rotas principais e oferecendo ao Cliente uma proposta superior.
TAP CONSEGUIU RESULTADO LÍQUIDO POSITIVO DE 22,9 MILHÕES DE EUROS NO PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO

A TAP anunciou que conseguiu um resultado líquido positivo de 22,9 milhões de euros no primeiro semestre do ano, um facto marcante, dado que é a primeira vez que a Companhia regista resultados positivos nos primeiros seis meses de um ano, desde que os resultados semestrais são publicados (2019).
O lucro de 22,9 milhões no primeiro semestre representa uma melhoria de 225 milhões de euros em relação ao mesmo semestre do ano passado, quando tinha sido registado um resultado negativo de 202,1 milhões de euros. Em relação a 2019, período pós pandémico, o aumento foi de 134,9 milhões de euros.
Este bom resultado alicerça-se no forte crescimento das receitas operacionais, que ascenderam a 1,9 mil milhões de euros, com um aumento relevante de 600 milhões euros (+44,3%) face ao mesmo período de 2022. Este crescimento é revelador da abordagem equilibrada adotada pela TAP na capitalização de oportunidades de mercado.
Os Resultados Operacionais do primeiro semestre evidenciam um desempenho excecional das métricas financeiras e comerciais durante o primeiro semestre. A TAP apresenta um EBITDA Recorrente de 361,7 milhões de euros, com uma margem de 19%. O EBIT Recorrente também se mantém forte, em 124,5 milhões de euros, com uma margem de 6,5%, reforçando o compromisso da TAP de proporcionar valor sustentado aos stakeholders e manter uma abordagem equilibrada no desempenho financeiro.

Destaca-se ainda, no primeiro semestre de 2023, a resiliência da TAP na posição de Liquidez. Apesar do reembolso das Obrigações 2019-2023, no valor de EUR 200 milhões, a TAP mantém uma posição de liquidez forte de EUR 899,7 milhões. Além disso, esta robustez financeira resultou numa melhoria significativa do rácio Dívida Financeira Líquida / EBITDA no final do primeiro semestre de 2023, atingindo um nível de 2,5x, uma melhoria notável em relação ao rácio de 3,5x registado no final de 2022. Este facto demonstra a gestão financeira disciplinada e a tomada de decisões prudentes da TAP, proporcionando também segurança aos investidores.
Luís Rodrigues, Presidente Executivo da TAP, considera que “os resultados semestrais agora apresentados reforçam a tendência sustentada de melhoria comercial e financeira da TAP, atingindo um excelente desempenho com um resultado líquido positivo no primeiro semestre. As margens operacionais e o trajeto de desalavancagem, acima das metas do plano de restruturação, provam a sustentabilidade financeira do Grupo num momento crítico da nossa história. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer. Envolver cada vez mais os trabalhadores, gerir o histórico de reclamações e melhorar as operações têm sido a nossas principais prioridades, o que já nos permitiu capitalizar no período de verão. A procura continua forte, com as reservas para os próximos trimestres a atingirem valores consideráveis, indiciando um segundo semestre intenso, para o qual a TAP estará preparada.”
No que diz respeito aos dados operacionais de tráfego, no primeiro semestre de 2023 (1S23), a TAP transportou um total de 7,6 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 30,2% em relação ao ano anterior, atingindo 96% dos valores alcançados em 2019. Durante este período, o número total de voos operados também aumentou em 17,9%, atingindo 89% dos níveis pré-crise.
A capacidade superou os níveis pré-crise, atingindo 104%, representando um aumento de 21,4% face ao primeiro semestre de 2022 (“1S22”). O Load Factor aumentou 5,5 p.p. em termos homólogos, atingindo 80,2% no 1S23, melhorando também em 0,5 p.p. face ao primeiro semestre de 2019 (“1S19”).
No 1S23, as receitas operacionais totalizaram 1.906,3 milhões de euros, o que representou um aumento de 44,3% face ao 1S22 e um aumento de 31,6% face ao 1S19. O PRASK no primeiro semestre de 2023 foi de EUR 6,86 cêntimos, tendo aumentado em 22,6% (+EUR 1,27 cêntimos) quando comparado com o valor do mesmo período de 2022 e 29,0% (+EUR 1,54 cêntimos) quando comparado com 2019.
Os custos operacionais recorrentes aumentaram 35,0%, atingindo EUR 1.781,8 milhões. O CASK dos custos operacionais recorrentes aumentou 11,2% para EUR 7,12 cêntimos, comparando com o 1S22. Excluindo custos com combustível, o aumento foi de 12,1% quando comparado com 1S22, atingindo um valor unitário de EUR 4,95 cêntimos, 1,6% superior ao valor de 2019.
O EBITDA Recorrente atingiu 361,7 milhões de euros no 1S23, com uma margem de 19,0%, aumentando em 131,2 milhões de euros, ou 56,9% em comparação com 1S22. O EBIT Recorrente totalizou 124,5 milhões de euros no 1S23, com uma margem de 6,5%, mais 123,1 milhões do que no 1S22.

TAP transportou mais 30% de passageiros no primeiro semestre

10 de Julho
Companhia aérea destaca forte crescimento nos voos intercontinentais, sobretudo nas rotas do Brasil, América do Norte e África.
A TAP registou um crescimento de 30,2% no número de passageiros transportados durante o primeiro semestre, indicam dados operacionais divulgados esta segunda-feira. Voos intercontinentais registaram o maior crescimento e estão já bem acima do registado antes da pandemia.
“A TAP transportou no primeiro semestre do ano um total de 7,58 milhões de passageiros, mais 30,2% que em igual período do ano passado“, informou a companhia aérea em comunicado.
O crescimento foi mais robusto nos voos internacionais, com mais 31,1% de passageiros transportados, para um total de 2,17 milhões. A TAP destaca o forte crescimento nas rotas para o Brasil, América do Norte e África. As mesmas que têm despertado o interesse dos putativos candidatos à privatização. O volume de passeiros nos voos internacionais já está 14,7% acima o primeiro semestre de 2019, antes da pandemia.
A TAP também cresceu nas rotas nas rotas para a Europa, Portugal Continental e ilhas, embora um pouco mesmos. A operadora aérea transportou 5,41 milhões de passageiros, mais 29,8% que no período homólogo.
A taxa de ocupação melhorou, situando-se em 80,2%, mais 5,5 pontos percentuais do que no primeiro semestre de 2022 e 0,5 pontos acima do registado antes da pandemia, assinala também a companhia liderada por Luís Rodrigues.
A melhoria do chamado load factor acontece apesar de também a oferta ter aumentado. Os lugares-quilómetro oferecidos (ASK – Available Seat per Kilometre) cresceram 21,4% para 25 milhões, ficando 4,3% acima do primeiro semestre de 2019. Só que a procura teve um desempenho ainda melhor, com os passageiros-quilómetro (RPK – Revenue Passenger‐Kilometers) a subirem 30,4%, para 20,07 milhões, ficando 5% acima do nível anterior à pandemia.
Falta agora saber como a evolução destes dados operacionais se traduzem em resultados financeira. A companhia aérea teve um prejuízo de 57,4 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um desempenho melhor do que os 121,6 milhões registados no mesmo período do ano anterior.
Companhia aérea EasyJet cancela quase 2.000 voos neste verão

10 de julho
A EasyJet justifica cancelamentos com os efeitos das greves de controladores e atrasos decorrentes do congestionamento do tráfego aéreo. Afirma tratar-se de uma "ação preventiva" para limitar o caos.
A EasyJet revelou esta segunda-feira que cancelou quase 2.000 voos este verão a partir do seu hub de Gatwick, em Londres, devido a dificuldades, greves de controladores e atrasos decorrentes do congestionamento do tráfego aéreo.
A companhia aérea de baixo custo cancelou, mais precisamente, “1.700 voos que deveriam ser operados em julho, agosto e setembro deste ano”, o que afetará cerca de 180 mil passageiros, sendo que isto equivale a “menos de um dia de voo”, já que “mais de 90 mil voos deveriam ser operados durante os meses de pico do verão”, disse um porta-voz da EasyJet, citado pela agência financeira Bloomberg.
As companhias aéreas estão a cancelar voos numa “ação preventiva” para limitar o caos nas viagens aéreas, adianta. Nesse sentido, os passageiros cujos voos sejam cancelados serão transferidos para outros voos ou poderão ser reembolsados pelas companhias de aviação.
O ajustamento operacional que está a ser feito ao nível dos voos vai ajudar a reduzir os desafios que decorrem do congestionamento do espaço aéreo devido à guerra na Ucrânia e aos atrasos no controlo de tráfego aéreo, disse ainda o mesmo porta-voz.
A EasyJet não é a única companhia aérea que teve que reduzir sua programação de verão.
A Ryanair Holdings, a Air France-KLM e a Deutsche Lufthansa AG cancelaram voos alegando greves de controladores e o congestionamento no tráfego aéreo.
A aviação está a crescer à medida que recupera das quedas resultantes da pandemia de Covid-19, tendo o dia 6 de julho sido o mais movimentado de sempre para a aviação comercial em todo o mundo, com 134.386 voos, segundo o portal de rastreio de aviões FlightRadar24.
TAP Está No 17º Lugar Entre As Companhias Que Mais Alugaram Aviões Em Junho

A TAP Air Portugal está em 17º lugar do ranking das companhias aéreas mundiais que mais recorreram a fretamentos de aeronaves de outras empresas aéreas para poderem cumprir com o seu programa de voos regulares durante o passado mês de junho.
O levantamento foi feito pela plataforma digital de notícias de aviação ‘ch-aviation’ sediada na Suíça.
A companhia aérea portuguesa recorreu a 828 fretamentos a diversas empresas aéreas, nomeadamente àquelas que, tradicionalmente, alugam aviões em ACMI (iniciais da designação em inglês de ‘avião, tripulação, manutenção e seguro’), duas das quais portuguesas – a Hi Fly e a Euro Atlantic Airways. É conhecido, desde o início do ano, que a TAP, com a atual frota e o número de pilotos e assistentes de bordo ao seu dispor, teria de recorrer a aviões e tripulantes externos para cumprir com os voos programados.
A liderança do ranking, organizado pelo portal suíço é assumido por três companhias europeias: a SAS – Scandinavian Airlines (companhia nacional dos países nórdicos) destacadíssima com 7.343 fretamentos; a Swiss com 3.956; e a Eurowings com 3.319 alugueres.
EASYJET ANUNCIOU CINCO NOVAS ROTAS À PARTIDA DE PORTUGAL PARA O INVERNO IATA

A easyJet anunciou a abertura de cinco novas rotas, para o próximo Inverno IATA, à partida de Portugal: duas de Lisboa, duas do Porto e uma do Funchal.
À partida de Lisboa:
Lisboa – Copenhaga – início a 30 de outubro – 2 voos semanais
Lisboa – Agadir- início a 1 de novembro – 2 voos semanais
À partida do Porto:
Porto a- Marraquexe – início a 29 de outubro – 2 voo semanais
Porto – Pisa – início a 4 de novembro – 2 voos semanais
À partida do Funchal:
Funchal – Genebra – início a 9 de dezembro – 2 voos semanais.
easyJet: Tripulantes marcam greve de 21 a 25 de julho, transportadora diz-se "desapontada"

Exigindo condições iguais às de outras plataformas, tripulantes da easyJet avançam para terceira greve do ano. Transportadora lamenta e considera exigências "impraticáveis"
A proposta laboral, nomeadamente salarial, da easyJet foi ‘chumbada’ esta quinta-feira por 90% dos tripulantes de cabine do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que marcou cinco dias de greve entre 21 e 25 de julho.
Após meses de reuniões com a gestão portuguesa, o SNPVAC admite estar alinhado com alguns pontos da proposta da easyJet, mas não compreende a posição da companhia relativamente ao salário base, “que representa quase dois terços” do total do salário.
“Lamentamos profundamente que a empresa continue a considerar que um FA [tripulante de cabine, na sigla inglesa] português deva receber, no fim dos três anos de aumentos, menos 90% de salário base que um colega francês”, sublinhou o SNPVAC.
A votação da proposta da easyJet encerrou às 12h00 e os resultados são esmagadores: 90% votos contra, 3% abstenção, 7% votos a favor”, informou o sindicato, em comunicado aos associados. Afirmando que “não existe mais espaço a negociação”, e que por isso, não resta alternativa “se não declarar um pré-aviso de greve para os próximos dias 21, 22, 23, 24 e 25 de julho”.
Os tripulantes de cabine da easyJet vão cumprir a terceira greve deste ano, depois de uma paralisação em abril e outra no fim de maio e início de junho, reivindicando condições semelhantes para os tripulantes das bases portugueses à dos das bases noutros países.
“Não compreendemos como não nos podem ser oferecidas rubricas também já existentes, como o ‘short notice’ ou o descaramento necessário para recusar penalizações para erros de ‘payroll’, após anos e anos de falhas”, refere o comunicado. O sindicato defende que “é a demonstração cabal e em uníssono do descontentamento dos associados da easyJet em relação às pretensões da empresa”.
EasyJet fala em exigências impraticáveis
Desapontada com a nova greve de tripulantes de cabine marcada para o final deste mês, a easyJet acusa o sindicato de continuar com exigências impraticáveis, reivindicando aumentos “que não demonstram qualquer sentido de realidade”.
“Estamos extremamente desapontados com o facto de o SNPVAC estar a planear novas ações de greve, apesar da nossa vontade de prosseguir um diálogo construtivo com o objetivo de chegar a um acordo sustentável”, diz a transportadora em comunicado. Salienta ainda que as exigências do sindicato “continuam a ser impraticáveis, com aumentos propostos que não demonstram qualquer sentido de realidade”.
A easyJet diz que a mais recente proposta do sindicato foi um aumento de 44% na remuneração global. E insiste que “emprega toda a sua tripulação ao abrigo de contratos acordados com os sindicatos locais, que estão em conformidade com a legislação local relevante” e que o salário dos tripulantes das bases portuguesas “é competitivo e significativamente superior ao salário médio nacional”.
Nas últimas semanas, empresa e sindicato reuniram-se várias vezes e, segundo a easyJet foi possível “resolver parte dos pontos em aberto”.
“O nosso objetivo continua a ser o de encontrar um acordo positivo, garantindo também a manutenção dos postos de trabalho e da nossa posição no mercado português”, realçou a companhia aérea, que hoje anunciou a abertura de cinco novas rotas no país para o inverno.
Para atenuar o impacto da greve nos clientes, a easyJet vai possibilitar a alteração antecipada do horário dos voos.
“Todos os clientes afetados por cancelamentos são elegíveis para um reembolso ou para uma transferência gratuita para um novo voo”, garantiu a transportadora, aconselhando também a verificação do estado dos voos nos dias de greve, na página da internet.
Aviação em Portugal recupera mais depressa do que resto do mundo

18 de Junho
Três anos depois do vírus ter lançado um pânico global, as companhias aéreas internacionais estão a aproximar-se dos níveis anteriores a 2019, mas os movimentos nos aeroportos portugueses já superaram os números anteriores aos da maior crise jamais vista no transporte aéreo.
A aviação comercial internacional está no bom caminho para recuperar por inteiro os níveis de atividade que se registavam antes da pandemia de covid-19, mas Portugal tem indicadores que sugerem uma situação já positiva, ou seja, pode ter ultrapassado o registo de 2019. Num estudo da Eurocontrol que analisa o tráfego europeu na semana entre 15 e 21 de março, Portugal surge no top 10 e à frente de países muito maiores, acima de mil voos por dia, o que corresponde a um aumento de 10% em relação ao valor verificado na mesma semana de 2019. Este foi aliás o melhor desempenho entre todos os países da UE.
No mercado europeu, o documento contabiliza uma média de 24 mil voos diários nessa semana, também grande aumento de 22% em relação a 2022, mas ainda abaixo do que se verificara na mesma semana de 2019, quando se registou a média de 27 mil voos. Isto significa que o valor de 2023 está ainda apenas a 88% do nível anterior à pandemia. Se é possível resumir estes dados, a Europa está próxima de atingir os valores de 2019, mas Portugal já estará acima do período anterior à doença.
A análise da Eurocontrol é compatível com os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a movimentação nos aeroportos portugueses, que registaram no primeiro trimestre deste ano uma atividade 15% superior à de 2019, no indicador de passageiros. São poucos os países europeus que já recuperaram os níveis anteriores à pandemia nesta área do tráfego aéreo, com destaque para a Turquia, que inaugurou recentemente em Istambul aquele que é já o maior aeroporto do continente. Entretanto, só três países da UE mostram números acima dos de 2019 (além de Portugal, apenas Croácia e Irlanda). A semana analisada pela Eurocontrol teve a contrariedade de uma greve em França e o mercado europeu continua a ser afetado pela guerra na Ucrânia: este país perdeu 100% do tráfego aéreo de 2019 e os aeroportos mantêm-se encerrados à aviação civil.
Avaliando as companhias europeias, a TAP perdeu 7% do número de voos realizados na mesma semana de 2019, mas está no primeiro terço da tabela. A Wizz Air foi a que mais cresceu, 39%, e a Ryanair é agora a maior companhia, com mais de 2100 voos realizados em média, diariamente, durante a semana analisada. Refira-se que a Europa só tem sete companhias no top 25 das maiores transportadoras da aviação civil internacional.
As frases que marcaram a comissão de inquérito à TAP

Encerradas as audições, recorde algumas das frases mais marcantes da comissão de inquérito à TAP, que ao longo de quase quatro meses ouviu 46 depoentes. O relatório final é conhecido a 13 de julho.
Chegaram esta semana ao fim as inquirições presenciais na comissão parlamentar de inquérito à TAP. Ao todo, 46 pessoas foram ouvidas pelos deputados ao longo de quase quatro meses de longas audições. Recorde algumas das frases mais marcantes.
“Se na altura o senhor ministro, ou o senhor secretário de Estado me tivessem dito que preferiam que eu renunciasse, eu teria renunciado, sem contrapartida”
Alexandra Reis, a antiga administradora da TAP cuja polémica indemnização de 500 mil euros despoletou a comissão de inquérito.
“Se cai um avião são logo 100 milhões de euros (…) Estes seguros são prática comum.”
Alexandra Reis sobre os seguros directors & officers (D&O)
“Não tenho dúvidas que foi a vontade da CEO, esta é a minha convicção pessoal, a CEO queria que eu saísse da empresa. Confesso que tenho dúvidas sobre os motivos.”
Alexandra Reis sobre o seu afastamento da TAP
“Eu vou devolver e aguardo que me indiquem os montantes líquidos (…) Discordo [do IGF], mas não quero receber um euro que não me seja devido.”
Alexandra Reis sobre a devolução exigida pela IGF, entretanto já executada
“Penalizo-me pelo comentário que partilhei com ex-CEO sobre o senhor Presidente da República”
Hugo Santos Mendes, o ex-secretário das Infraestruturas, sobre o e-mail enviado a Christine Ourmières-Widener a pedir a alteração de um voo de Marcelo Rebelo de Sousa
“Se eu fui membro do Governo foi porque o líder do Governo aceitou e, já agora, o Presidente da República também.”
Hugo Santos Mendes, em resposta às duras palavras de António Costa e outros sobre a sua atuação
“A indemnização a Alexandra Reis é menos de 1% do trabalho que tivemos na TAP. É menos de 0,1% do trabalho que tivemos no Ministério, mas foi um processo que objetivamente correu mal.”
Pedro Nuno Santos, ex-ministro das Infraestruturas, sobre o caso Alexandra Reis
“Há verdades que são mais inverossímeis que a mentira, mas eu não vou passar a mentir só porque a mentira parece mais credível que a verdade. As coisas são como são.”
Pedro Nuno Santos
“Lamento muito isto que lhe aconteceu e espero que consiga refazer-se rapidamente, porque será útil a quem quiser trabalhar com ela.”
Pedro Nuno Santos, sobre Alexandra Reis
“Obviamente que tive a convicção que se tratava de um valor particularmente significativo.”
Fernando Medina, ministro das Finanças, sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis e considerada indevida pela IGF
“Muito haveria para dizer, e gostaria de dizer, mas rejeito em absoluto a utilização do SIS pela República é falso, falso, falso.”
Fernando Medina, em resposta ao PSD sobre a atuação do SIS na noite de 26 de abril
“Não permitirei que destruam o meu bom nome. E é também por isso que aqui estou: para defender a verdade e a justiça. Para lutar pela minha honra e dignidade, para mostrar aos meus filhos que perante as maiores infâmias, adversidades, nunca devemos deixar de defender a verdade.”
Frederico Pinheiro, o adjunto do ministro João Galamba, exonerado a 26 de abril, noite em que se envolveu num episódio “rocambulesco” no Ministério
“Enquanto cidadão anónimo sem poder de decisão, fui ameaçado pelo SIS. Fui injuriado e difamado pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Infraestruturas e alvo de uma campanha por parte da poderosa máquina de comunicação do Governo”
Frederico Pinheiro
“Era importante para o Estado evitar o custo reputacional de uma nacionalização forçada”
João Leão, ex-ministro das Finanças, sobre o processo de recompra da TAP que levou o Estado a pagar 55 milhões a David Neeleman
“Não acredito que ninguém pague 3,2 mil milhões de euros, mas tenho esperança que alguém diga que, se correr bem, que partilha o upside com o Estado, nem que devolva ao longo de 20 anos.”
Diogo Lacerda Machado, ex-administrador não-executivo da TAP e melhor amigo de Antóni Costa, sobre o futuro da companhia aérea
“Não estou envolvido em nenhuma entidade interessada, tenho sido procurado por várias – e já agora não vejo nenhum conflito de interesses -, não aceitei nenhuma das abordagens, […] não excluo envolver-me se achar que posso ser útil à própria TAP”
Diogo Lacerda Machado, sobre um possível futuro envolvimento na empresa
“Se calhar, neste momento, não era o momento ideal para vender a TAP. Se fosse minha, eu neste momento esperava por uma melhor oportunidade, que era pôr a TAP a ganhar dinheiro.”
Humberto Pedrosa, ex-acionista e administrador da TAP durante os anos da gestão do consórcio Atlantic Gateway
“Sem pandemia, a TAP em 2022 estaria em ‘velocidade cruzeiro’ e com resultados líquidos positivos, a crescer de forma sustentável.”
Humberto Pedrosa
“Foi uma aposta minha. Acreditava na TAP e tive o maior desgosto em ter abandonado a TAP. Por isso, aguentei até ser possível aguentar, mas… Se calhar hoje faria a mesma coisa”
Humberto Pedrosa, sobre os 12 milhões de euros investidos na TAP, que perdeu
“Estamos bastante preocupados”. Agentes de viagens apelam a CEO da TAP para manutenção de delegado em Angola

12 de Junho
Decisão de centralizar operações em Lisboa e deixar de ter country manager em Angola preocupa a Associação das Agências de Viagens deste país, facto que levou a associação a apelar a Luís Rodrigues para que reverta a decisão: “Todas as companhias que têm voos regulares para Luanda têm um delegado em Angola”.
As agências de viagens que operam em Angola mostram grande preocupação face à decisão da TAP de alterar a sua estratégia para o mercado africano, algo que levou a associação que representa estas agências a escrever ao novo CEO da TAP, Luís Rodrigues, numa carta remetida a 8 de julho.
Tal como o JE avançou em exclusivo na última edição, a companhia aérea procedeu há poucos dias à alteração da estratégia para África com a centralização desta operação em Lisboa e a não designação de substituto para o atual country manager para Angola e Moçambique. A agravar esta situação está o facto desta decisão ter sido tomada por Silvia Mosquera, a administradora da TAP que está a poucos dias de deixar a companhia aérea.