O valor das vendas da TAP ao exterior somou perto de 4 mil milhões de euros no ano passado, o equivalente a 7,5% das exportações de serviços. Companhia adquiriu bens e serviços a 1.290 empresas.
Qual a importância da TAP para a economia portuguesa? Foi a pergunta que os deputados do Bloco de Esquerda, partido que é contra a privatização, dirigiram ao ministério das Infraestruturas e Habitação. Os números mostram que tem um peso elevado nas exportações de serviços e relações comerciais de mais de 1,4 mil milhões de euros com mais de mil fornecedores sediados em Portugal.
A resposta enviada pelo gabinete de Miguel Pinto Luz revela que dos 4.215 milhões de receitas operacionais da TAP em 2023, 3.923 milhões corresponderam a exportações de bens e serviços, o equivalente a 1,5% do PIB.
Os números sinalizam também o peso relevante da transportadora aérea nas exportações nacionais: 3,1% dos 126.870 milhões em vendas ao exterior contabilizados pelo Banco de Portugal em 2023. Se forem só consideradas as exportações de serviços, a fatia da TAP sobe para 7,5%
A resposta do Ministério das Infraestruturas indica ainda que o Grupo TAP adquiriu 1.398 milhões de euros em bens e serviços a 1.290 empresas em 2023, ligeiramente acima das 1.222 contabilizadas no ano precedente. Este ano, com dados contabilizados até 15 de setembro, o número cai para 1.120 entidades. O montante vai em 993 milhões.
Há ainda informação detalhada sobre os impostos pagos pela TAP. No ano passado não saldou qualquer montante em IRC. Já o IRS entregue ao estado disparou 52% entre 2022 e 2023, de 81,73 milhões para 124,39 milhões de euros, com o levantamento de cortes nos salários e o aumento do número de trabalhadores, que subiu de 6.988 em 2022, para 7.558 em 2023 e 7.617 em junho deste ano.
O mesmo aconteceu com as contribuições para a Segurança Social, que deram um salto de 37% para os 134,7 milhões de euros. Tudo somado, a TAP entregou ao Estado 264,7 milhões de euros em impostos e contribuições no ano passado.
Números que o Bloco de Esquerda quererá usar como argumento contra a venda do capital da transportadora aérea de bandeira a privados. A líder, Mariana Mortágua, afirmou no final de outubro que travar a privatização é a “única forma de proteger o interesse estratégico” do país.
Lembrou ainda o veto do Presidente da República ao decreto-lei de privatização aprovado pelo anterior Governo em Conselho de Ministros. “De facto, não há nenhuma garantia de que seja possível manter o interesse estratégico com a privatização da TAP, não há nenhuma garantia sobre o perímetro da privatização, os ativos que são vendidos ou que não são vendidos, e não há nenhuma garantia sobre a transparência do processo de privatização”, disse.
O ministro das Infraestruturas afirmou a semana passada que o Governo que o Governo dará início ao processo de venda do capital em 2025. Miguel Pinto Luz garantiu que, “a marca TAP vai manter-se”, tal como “as ligações estratégicas”, nomeadamente à diáspora. Disse também que o aeroporto de Lisboa continuará a ser “o centro operacional da TAP” e a sede terá de manter-se na capital.
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